quinta-feira, janeiro 17, 2008

Marcas - Um Pouco de História

Falar de marcas e da sua gestão, é, sem dúvida, um tema da actualidade. Ao longo do tempo, tem vindo a crescer a importância e o interesse nesta área. As empresas começam a ganhar consciência que estão inseridas em mercados dinâmicos, competitivos, mundiais e altamente agressivos. Vivemos numa era de sedução e aliança entre marketing e marcas. O mundo traduz uma química entre marketing, consumo, sociedade, indivíduo e consumidor. Abrem-se os portões para uma consciencialização de estratégias, coerentes ao longo dos ciclos de vida, fundamentadas por uma visão a 360º.

“A evolução do conceito de marca surge associada ao próprio desenvolvimento do marketing, ao longo da primeira metade do século XX, interessado em conhecer melhor as formas de influenciar o comportamento dos consumidores.”
[1]

E, embora, seja um tema actual, as marcas têm já uma longa existência, caracterizada por diversas visões, complexidades e perspectivas. Diversos autores têm vindo a transformar o mundo das marcas, num mundo cada vez mais fascinante.
Assim, neste ponto, pretendemos escrever um pouco sobre a evolução do conceito da «marca». Através de uma abordagem sintética, explorando visões de autores de referência nesta área.

“Na maioria dos idiomas, «marca» vem do verbo «marcar». Assim, o termo inglês brand, vem do Francês antigo brandon, que designa o ferro para marcar o gado.”[2]
Ao longo dos tempos, os «fabricantes/criadores» têm vindo a «marcar» os seus produtos, diferenciando-os de outros, uma atitude que remonta a antiguidade.

Alguns autores referem que: há milhares de anos, os criadores de pinturas rupestres, assinavam as suas obras; no antigo Egipto, os fabricantes de tijolos, marcavam os mesmos, para que fossem identificados. São indícios, “… que talvez possam ser vistos como os mais recuados sinais associáveis ao conceito de marca.”[3]

Na Idade Média, o comércio começou a sentir a necessidade de personalizar as suas mercadorias (como prata e especiarias), de forma a diferenciá-las, mas um dos grandes marcos na evolução deste conceito, acontece no século XVIII, com a revolução industrial[4]. Com o inicio da produção industrial, o mercado foi inundado por produtos fabricados em massa, de difícil distinção entre si. Surgiu assim, uma necessidade industrial, a necessidade dos fabricantes distinguirem os seus produtos, a sua imagem, dos seus concorrentes, e, foi considerada também uma forma de valorizar o comércio.

No século XX, a relação entre industria e comercio começou a equilibrar-se. O consumidor começou a ganhar mais importância, surgiram novas relações, surgiu o marketing e o conceito de marca (brand), ganhou uma nova dinâmica.
“ A explosão das marcas coincide com o nascimento dos mercados de massa e com o desenvolvimento do marketing, nos Estados Unidos, na primeira metade do século XX, e, em Portugal, a partir dos anos 50.

… Embora o marketing seja a ferramenta da marca, paradoxalmente, foram os financeiros que, nos anos 80, chamaram a atenção para o valor das marcas e para a necessidade de conceber estratégias de marcas, a longo prazo.”
[5]

Hoje, o marketing respira gestão de marcas.

[1] Ruão, Teresa – Marcas e Identidades, pág.26
[2] Lindom, D.; Lendrevie, J.; Rodrigues, J.; Dionísio, P. – Mercator 2000, pág. 212
[3] Lencastre, Paulo de e outros – O Livro da Marca, pág.34
[4] A Revolução Industrial foi uma das mais radicais transformações na história humana. Teve origem em Inglaterra, no século XVIII. Factores como: o crescimento da população; a migração do homem do campo para as grandes cidades; o desenvolvimento cientifico (ex. máquina a vapor), contribuíram para o inicio do fenómeno da industrialização, que provocou mudanças económicas, culturais, políticas e principalmente sociais no mundo inteiro.
[5] Lindom, D.; Lendrevie, J.; Rodrigues, J.; Dionísio, P. – Opus cit., pág. 212

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Empresas, Equipas e Pessoas

Uma empresa é como equipa.

É formada por pessoas, tem uma estratégia, um conjunto de objectivos e determinados argumentos/ferramentas para os atingir.

Tem um conjunto de jogadores, uns mais titulares que outros, uma equipa de apoio (técnico, físico, psicológico, imagem, etc.) e uma equipa de líderes com o seu treinador à cabeça.

Quando entra em campo, qualquer equipa tem de dar o seu melhor. Mas não chega apenas esforço e empenho. Há que reflectir, em campo, todo o resultado dos treinos, dos automatismos, dos ensaios, dos testes e do sem número de tentativas que se faz até se poder, com segurança, afirmar que se está pronto para enfrentar a equipa adversária.

Só os melhores jogadores, mais bem preparados, mais capazes e mais empenhados numa evolução constante das suas carreiras podem sonhar chegar mais longe, carregar as suas equipas e ser referência de gerações. Só os melhores vencem.

Para se um jogador de primeira linha, formação contínua, empenho, talento e, claro, alguma sorte, são fundamentais. As equipa de sucesso fazem-se de jogadores de sucesso, porque as equipas são jogadores e os jogadores são pessoas.

Se assim é nos jogos, seja em que tipo de desporto for, nas empresas esta verdade é ainda mais inquestionável. São as pessoas que fazem as empresas e os seus resultados. E as melhores pessoas, vulgo, os colaboradores fundamentais são aqueles que, tal como o jogador, estão em constante movimento, na busca da perfeição, da modernização e da formação contínua.

Cada vez mais a formação ao longo da vida assume relevância capital na capacidade de evolução de cada um de nós como pessoas e profissionais. Formação, formação, formação. Cada vez mais presente, obrigatória e crítica no sucesso das empresas e dos seus profissionais.