terça-feira, fevereiro 28, 2006

Comunicação - O que é?

O que significa a expressão “ Comunicação” ?

O que é “ Comunicar “ ?

O Homem tem necessidade de “Comunicar”? Porquê?

Os animais também “comunicam” ?

Podíamos construir milhões de perguntas sobre o que é na realidade a Comunicação. Obteríamos milhões de respostas. Algumas mais completas, outras mais complexas, mas as dúvidas sobre o conceito de Comunicação, decerto não seriam resolvidas.

Hoje em dia “toda a gente comunica”, melhor toda a gente fala de comunicação, como uma palavra vulgar e perfeitamente assimilada no vocabulário quotidiano. Eles são os sociólogos, os psicólogos, os semiólogos, os arquitectos, os engenheiros, os publicitários, os jornalistas, os professores, os alunos, mas colocamos, de novo, a questão: o que significa a expressão “ Comunicação “?

O leitor ou a leitora já se imaginou numa ilha deserta com 836m2 de areia límpida e suave, duas palmeiras, cobertas de cocos, em pleno Oceano Atlântico, rodeada de água por todos os lados, sem televisão, telemóveis ou pessoas para interferirem nesta visão perfeita do Paraíso?

O nosso bem estar, enquanto humanos, depende da satisfação de múltiplas necessidades, tendo essas necessidades evoluíram com o próprio homem. No princípio da humanidade a comunicação satisfazia as necessidades básicas - fisiológicas e de segurança. Hoje a comunicação responde às necessidades do topo da pirâmide de Maslow - pertença e afecto, estima e auto-realização. No fundo, podemos afirmar que: a Comunicação responde a todas as necessidades do Homem.

A Comunicação Humana reveste-se de múltiplas formas, através das quais o Homem transmite e recebe ideias, impressões e imagens de todo o tipo. E muitos destes símbolos, embora compreensíveis, não conseguem ter expressão em palavras.
A comunicação encontra-se presente em todos os momentos e em todos os actos quotidianos do ser humano.

Os concursos, as telenovelas, o futebol, a publicidade, os noticiários e todos os demais programas culturais, informativos ou de lazer são meros instrumentos utilizados pelas empresas “produtoras de Comunicação”, para atingirem os seus objectivos comerciais, numa guerra sem tréguas pelas audiências.

Comunicar, é pôr em comum uma informação, é partilhar uma opinião, um sentimento, uma atitude, um comportamento. Tudo isto, frequentemente, com o objectivo de convencer, persuadir (de mudar de opinião, adoptar um comportamento diferente...).

Por Natureza, o Homem é um ser social, preparado para viver em Sociedade. Conversar, transmitir conhecimentos, trocar experiências, evidenciar gostos e capacidades, contar medos, anseios e paixões, descrever derrotas ou vitórias que sobressaltam a cada instante do dia-a-dia, faz com que cada um de nós estabeleça com os demais, uma multiplicidade de relações, donde resulta a nossa inserção num conjunto relacional extremamente complexo.

Para Colin Cherry, comunicação significa “compartilhar elementos de comportamento ou modos de vida, pela existência de um conjunto de regras”.

Marketing Político e Eleitoral

A expressão Marketing Político surgiu na última década na América Latina. E cada vez mais será parte indissociável do léxico das actuações políticas mundiais.

Geralmente associam-se ao termo Marketing Político ou Marketing Eleitoral conotações de manipulação das percepções e opiniões da população, mediante recursos sofisticados e dispendiosos de comunicação, principalmente com o recurso de Televisão e Exterior (Outdoor).

Frequentemente se pensam que estes procedimentos geram uma influência decisiva sobre as vontades dos eleitores, supondo-se que quem melhor usar as técnicas, assegurará melhores resultados.

Esta intuição é reforçada por alguma ficção cinematográfica. Por exemplo, no final do filme “Power” sugere-se que é no domínio da comunicação que reside a verdadeira soberania de um país. Como em toda a ficção, reconhecem-se partes de realidade, embora muitas vezes exageradas.

Em termos quotidianos, o Marketing Político é a busca de votos com a ajuda da técnica, da estratégia e da operacionalização.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Novos Provérbios

De vez em quando faz sentido incorporar novos temas. E assim se muda a história :

Quem ri por último, é............................... retardado!
Os últimos são sempre.............desclassificados!
Quem o feio ama,.............é porque vê mal como tudo!
Deitar cedo e cedo erguer, dá.........um sono do caraças.
Quem não arrisca, não.......... se lixa.
Filho de peixe.........é tão feio como o pai!
O pior cego é aquele que..........se recusa a ter cão.
Há males que vêm...............para piorar.
Gato escaldado............morre naturalmente!
Antes só do que..............com 2 violadores numa cela.
Mais vale tarde do que..........muito mais tarde.
Cada macaco.......com a sua macaca.
Quem tem boca.......pode ir ao dentista!
Águas passadas.............. já passaram.
Depois da tempestade vem a........porra da gripe!
Mais vale um pássaro na mão que ....duas cagadelas na cabeça.

sábado, fevereiro 18, 2006

Mais Anùncios POR FAVOR!

Assiste-se a uma crescente polémica discussão em volta da elevada qualidade que a nossa televisão pratica. Discussão no bom sentido, pois sendo tão mau aquilo que se tem vindo a assistir temos de positivar o espírito e encarar estas realidades com algum optimismo.

É inquestionável o sucesso que programas de tão baixo calibre têm registado e as massas de adesão que se confirmam, fruto da exploração da privacidade alheia, a troco de projecção e dinheiro. Até onde iremos? Até quando vamos ludibriar as pessoas para que elas exponham a sua vida, família, sentimentos e outras “partes”, a troco de audiências e falatório?

Por cultura geral todos nós assistimos, nem que seja por uma vez, a estas manifestações da vida real, as quais achamos muita graça e comentamos no café ou com o colega de secretária. E quando é polémico então… Dá pano para mangas!

Tive a oportunidade de assistir há uns anos a um trailer, que me marcou pelo inexplicável da situação, do tão aclamado “Bar da TV” e por coincidência foi a triste cena da mãe e do pai a discutir com a filha chorosa sobre uma suposta situação de promiscuidade, defendendo-se a filha dizendo que não tinha feito nada, a não ser dormir num quarto com uns amigos. Penso eu que era assim a história.

Não tem isto nada de mal, a meu ver. Só é chato é ter sido diante das câmaras e de por isso, ter gerado esta onda de “risada triste” à volta da situação. Claro que os expectadores de sofá que comigo assistiam a todo o enredo da novela e que já são habitués da “coisa” deliciavam-se. Já para não falar nos brothers, condes e afins.

Não condeno os que entram neste jogo pois muitas vezes vão em busca de fácil projecção e vão de livre e espontânea vontade, sem muitas vezes pensarem nas consequências que daí advirão, não tendo por isso pena deles.

Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele, é verdade. Agora não podem ser entidades sérias e presumivelmente idóneas a aliciar as pessoas a um “pronto a vestir” que não só se pode virar contra elas como não é nada confortável para quem lá entra.

Penso que havemos de chegar, se é que já não o fizémos, à linha que o Brasil adoptou com o Ratinho. A exploração das fragilidades pessoais de cada um frente à sagaz necessidade que as outras têm destes escândalos. O fiel ou infiel não será já isso?

E avaliando a moda televisiva que todos seguem é caso para dizer: Mais anúncios por favor!

O Mercado das Soluções

Sem darmos por isso a tecnologia tem evoluído à nossa volta a uma velocidade inimaginável há 10 anos atrás, abrindo portas e janelas de oportunidade para se superarem as expectativas que os clientes têm das Marcas e das Empresas, podendo-se por isso gerar maior riqueza empresarial.

Passámos de um mercado de informação para um mercado de relacionamento, onde, de toda a informação existente temos de saber segmentar e adequar a relevante ao nosso cliente, de tal modo a que possamos criar com ele laços de relacionamento, que nos permitam afirmar que existe uma relação fiel entre ele e a marca ( a de shampôs, a de carros, a de cerveja, a de banco, a de batôn, ...).

Cabe-nos a nós, homens e mulheres do “Marketing de Comunicação”, potenciar essa relação e manter essa chama acesa, através da prestação de um serviço eficiente, eficaz e desafiador que permita às Marcas sobreviverem no mercado global (agora ainda mais globalizado com a enorme via de comunicação chamada de Internet).

Temos de estar, por isso, no Mercado das Soluções. Mas não chega afirmar que temos a solução para a satisfação dos clientes. Temos de ter A melhor solução, A mais rápida, A mais barata e acima de tudo Aquela que o cliente quer naquela altura.

O Marketing como o entendemos já não existe, abrindo-se agora as portas ao Marketing do Futuro: O Marketing do Cliente e por isso, O Marketing das Soluções.

Deixámos de estar centrados na Empresa para nos virarmos para as Marcas e para os seus Clientes, através da criação de valor e satisfação destes.

Por melhor que seja o produto, a distribuição, o preço e até a comunicação, se não se criar valor e satisfação, através de argumentos demonstráveis morremos, pois o Zapping de Marcas é um fenómeno tão grande como o televisivo. E se hoje a Marca X é a preferida, amanhã pode passar a ser a Z, pois foi a que entendeu melhor a expectativa do cliente.

Se para uma relação entre duas pessoas se manter acesa é necessário alimentá-la constantemente, uma relação entre uma Marca e um Cliente precisa do triplo de alimentação, pois a volatilidade destas relações é enorme. É importante a fidelidade dos clientes para a sobrevivência das Marcas.

E essa fidelidade só acontecerá se permanentemente inovarmos nas soluções apresentadas e acompanharmos a mudança dos clientes. Sim porque eles mudam e nunca estão quietos, querendo sempre mais, melhor e diferente.

Será que estamos preparados para enfrentar esta dinâmica de mudança, onde é o cliente que manda e a empresa que obedece?
Será que o nosso tecido empresarial está preparado ao nível macro e micro para esta mudança? E será que as pessoas das empresas estão dispostas a isso?

A estas questões só o tempo responderá mas uma coisa é certa. Se estamos no Mercado das Soluções, a solução do nosso mercado ainda não foi encontrada.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Positioning - The Battle for Your Mind

O Posicionamento surge nos anos 60 com a perspectiva de Marketing. É contraditório em relação ao que acontecia – a óptica de produtos e suas características técnicas em vez das Marcas. Passa-se para o reino da estratégia (compreende a arte de explorar condições favoráveis com o fim de alcançar objectivos específicos).

Posicionamento – Criação de uma personalidade única para uma Marca na mente do consumidor assente em atributos intrínsecos desta (Insights), que permita a criação de um território de tal modo forte, que dificilmente outra Marca concorrente possa atingir – Ser a referência da Categoria.

O Posicionamento implica converter ou reconverter a relação que já existe na mente do consumidor de tal forma que ele perceba a Marca como nós queremos que a perceba. É um processo psicológico da forma como a Marca vai ser percebida pelo consumidor.

A forma como o consumidor vê a Marca é que conta. Pode haver um desfasamento entre o que ele percebe e o que a Marca é. Interessa acima de tudo que a Marca tenha um significado para o consumidor.

Ex.1 Ao comprar uma lâmina de barbear descartável, “compra-se” uma Gilette. Mesmo que se compre Wilkinson ou outra Marca a Gilette é a que é Top of Mind.

Ex.2 A compra de uma caneta é sempre a compra de uma BIC, mesmo que seja uma Parker, Molin, ... A referência na categoria em termos de Posicionamento é a BIC.

A forma mais fácil de chegar à mente do consumidor é ser o primeiro.

Ex.1 Quem foi o primeiro homem na Lua? Neil Armstrong. E o segundo?

Ex.2 Qual o nome do monte mais alto do Mundo? Everest nos Himalaias. E o segundo?

A primeira pessoa, montanha, ...., Marca a ocupar a mente do consumidor vai ser muito difícil de tirar de lá.

Kodak em fotografia, Kleenex em lenços de papel, Xerox nas fotocopiadoras, Hertz no rent-a-car, ..., são Marcas líderes em Top of Mind porque se posicionaram na mente dos consumidores em primeiro. A forma difícil de chegar à mente dos consumidores é ser o segundo. O segundo não é ninguém. É o primeiro dos perdedores.

A Era do Posicionamento:

É claro que a Publicidade entrou numa era onde só a Criatividade pela Criatividade não chega para o sucesso. Para ser bem sucedida uma Marca deve criar uma posição na mente do consumidor, uma posição que tenha em linha de conta não apenas os pontos fortes e fracos da Marca mas também os pontos fortes e fracos dos competidores.

A Publicidade entrou na era onde a estratégia é rainha. Na era do Posicionamento, onde não é necessário descobrir ou inventar. Apenas é necessário ser o primeiro a entrar na mente do consumidor. A IBM não inventou o computador. Foi o Sr Sperry-Rand. Mas a IBM foi a primeira a construir um posicionamento de criadora do computador na mente do consumidor.

Posicionar obriga ao conhecimento de alguns dados importantes:
- Qual a posição actual?
- Qual a posição para onde se quer ir?
- Contra quem competimos?
- Há capacidade financeira para Posicionar?
- É consistente no médio/longo-prazo?
- Condiz com a imagem actual?

Acresce ter claro as duas perspectivas do Posicionamento:

- Identificação – De que género de Marca se trata;
- Diferenciação – O que a distingue das outras.

Qualidades de um bom Posicionamento:
- Simplicidade
- Pertinência e Relevância
- Credibilidade
- Originalidade

Tipos de Posicionamento:

Técnico – Assenta em características técnicas do produto (composição, aroma, performance, etc.). Muitas vezes é suportado por USP’s (Unique Selling Propositions) cada vez mais fáceis de imitar, logo sem durabilidade diferenciadora.

Psicológico – Assenta em valores considerados relevantes para a satisfação das necessidades pessoais do consumidor;

Sociológico – Assenta em valores de integração do individuo num grupo;

Psicosociológico – Assenta na satisfação das necessidades do individuo pela sua integração em determinado grupo da sociedade.

Como construir o Posicionamento:

Em discurso directo - Escola "Lintas" (Actual LOWE):
“Eu (Marca X) sou (frame de referência/categoria) para (público-alvo) porque (reason why) e lhes dou (benefício)”.

Em discurso indirecto - Escola "Ogilvy":
“Para (público-alvo) a Marca X é (frame de referência/categoria) que eles escolherão porque (reason why)”.

Seja qual for o método há alguns dados que têm sempre de estar presentes:

- Nome da Marca;
- Público-Alvo a quem se dirige;
- Promessa da Marca;
- Sustentação da promessa;
- Benefício que o consumidor tem com a Marca.

1,2,3 Borliu outra vez

Cada vez que o telefone toca numa agência a probabilidade de se ser chamados para um concurso aumenta.

Porque cada vez que um cliente tem um problema e a solução não surge ali de imediato faz um concurso. Para quê?

Para que a sua actual Agência não se sinta dona do mundo e não refreie a sua dedicação à conta; para que se possa fazer um benchmarketing do mercado e com isso renegociar condições; porque, e isso é recorrente, estamos com falta de ideias e um concursozito com quaisquer 5 Agências nos traz 5 dossiers repletos de ideias mais ou menos interessantes e melhor ainda.... de borla.
De facto, cada vez que se faz uma proposta em concurso dá-se um conjunto de ideias, conceitos, layouts, orçamentações, ... , que caso não se seja o feliz contemplado com a vitória, serviu única e exclusivamente como um fantástico projecto de consultoria em comunicação que custou 0 (zero) ao cliente e muito às Agências.

O grave é que a partir do momento em que se começou a aceitar a participação em concursos sem um rejection fee, assumimos a nossa função de consultores de borla para casos em que investimos, sejemos francos, tanto ou mais do que em qualquer outra proposta para actuais clientes.

E cientes disso há quem aproveite a deixa e mobilize as suas tropas para a consultoria de borla com discussões e pedidos de alterações à mistura. E no fim até suspendem o projecto ou entregam os dossiers a um boteco que adapta a ideia.

Casos destes acontecem frequentemente e em todas as áreas da comunicação – publicidade, relações públicas, marketing directo, ... – pois temos de ser forçosamente um mercado cada vez mais 360 e global e as propostas são a todos os níveis. Mais grave é quando por feliz coincidência “o alguém” que ganhou tinha exactamente a mesma ideia...

Alguns dos leitores poderão estar neste momento a questionar a veracidade ou legitimidade deste conteúdo. O que fica no ar é: qual a nossa capacidade de lidar com situações deste tipo, reveladoras da desunião deste mercado e da cada vez maior adesão ao 1,2,3 borliu outra vez?

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

O front-office das empresas e o balcão da tasca

É uma real constatação que quando uma empresa presta um serviço aos seus clientes (seja ele qual for e seja a quem for) este permite, quando bem delineado e aplicado, fortalecer os laços que a marca tem e aumentar a fidelização.

Digamos que o cliente fica contente; gosta; sente-se alguém.

Quanto mais não seja sente-se feliz por ser a pessoa que paga para ter algo que o satisfaz, mesmo que seja o único a querer. É o principio do serviço personalizado.

Assim sendo, é fundamental que as caras da marca (os seus colaboradores, parceiros, …) se apresentem como os embaixadores e guardiães desta. E que o sejam da cabeça aos pés.

Pressupõe isto que desde a atitude, à interlocução, capacidade de resolução de problemas e apresentação adequada, o serviço reflicta os valores da marca, a sua filosofia, posicionamento e realidade.

O que se nota cada vez mais é que as “calças de ganga rasgadas” e os “ténis sujos” aliadas à má educação, arrogância e incapacidade substituem com bastante sucesso a roupa limpa (não necessariamente o fato e a gravata), a amabilidade e o saber fazer.

Espera-se que, no mínimo as pessoas que vendem um serviço sejam reflexo da marca/empresa que ostentam. Mais assim é quando falamos de empresas do topo do tecido empresarial referência no mercado.

Pois por vezes assim não é. E somos surpreendidos com prestações medíocres dos front-offices das empresas que apenas fazem “o seu trabalho”. Alguém alguma vez lhes explicou o que isso é?

Se a tasca da esquina já tem um serviço personalizado e coerente porque é que esse perde cada vez mais terreno nas ditas empresas de 1ª linha?

De facto é mais simpático ir beber um copo no “Sr Zé” do que receber em casa/empresa alguém que diz:

-“Boa tarde. É só p’a entregar”.

- “Olhe, desculpe. E como é que isto se instala e liga?”

- “Não sei. Só me pediram para entregar esta coisa. Se quiser saber mais ligue para o número verde 808 qualquer coisa…deve estar na lista”.

Coitado. Não lhe explicaram que os números verdes não são 808 qualquer coisa e que o serviço era o de entregar e de instalar uma coisa que permitia à empresa que o dito elemento representava facturar umas centenas de Euros por mês. Salve-se a informação de que existe um número de apoio. Nem tudo falhou.

No entanto, lá ficou a concorrência com mais um cliente. O grave é quando a concorrência não existe ou é mais medíocre ainda. Não havendo alternativa as opções ficam difíceis.

Neste caso, este front office não estava preparado para prestar um serviço completo e de qualidade a um cliente. E a culpa não é do elemento em causa que, de certeza, entende que está a desenvolver bem o seu trabalho. A culpa é de quem o assignou à função sem lhe dar a formação adequada à prestação de um serviço.

Será que as empresas já se consciencializaram da importância que quem lhes compra os bens tem nas suas vidas? É que o serviço piora cada vez mais. E não é só na “função pública” que isso sucede. Aliás, neste sector notam-se bastantes evoluções no serviço aos clientes. Anos luz do que pode ser mas… já existem.

Até na “tasca” se aprende a servir os clientes! E bem.

O QI das Empresas

Há quem diga e eu subscrevo que as empresas são as pessoas!

São elas a sua mais-valia, a sua massa crítica pensante, a sua sobrevivência e, mais do que isso, a sua diferenciação e sucesso de mercado.

Todos, desde o Porteiro ao Presidente, são parte de uma empresa, que se constitui por muito mais do que a simples soma das partes. Esta soma deve levar a sinergias que capitalizam e catapultam o sucesso ou insucesso mediante os casos de boa ou má gestão global (de Recursos Humanos, Técnicos, Económicos, etc.).

Sendo empresas sinónimo de pessoas, como se pode perceber o insucesso de algumas versus o sucesso de outras? Se calhar porque como não há pessoas iguais e umas têm mais sorte do que outras, as empresas também passam por essa mesma metamorfose diferencial, resultante de Culturas e Identidades diferentes.

Mas a esta pergunta legítima (como se pode perceber o insucesso de algumas versus o sucesso de outras?) uma corrente actual responde com a “bonita” percentagem de 70% que representam, em média, as pessoas que, dentro de uma empresa, estão descontentes, insatisfeitas, desmotivadas, encostadas ou são tão somente incompetentes para desempenhar a função que lhes foi atribuída.

O homem (leia-se os dois sexos) molda-se pela sociedade que o rodeia e desenvolve ou não as suas capacidades. Todos têm as mesmas ferramentas. Porque não as desenvolvem ou usam?

E não é só nos níveis mais baixos da escala hierárquica que se verifica esta premente incapacidade. Maioritariamente ela é constatada de forma inequívoca nas mais altas esferas hierárquicas.

Não que eu seja nem melhor nem pior que ninguém, mas contra factos não há argumentos e todos nós conhecemos estes casos.

E se 70%, em média, são “não produtivos”, como se pode compreender e aceitar que a “carroça” seja puxada pelos 30% restantes?

As empresas, de facto, não são inteligentes!

Dissecar os porquês de tamanha inoperância pode passar pela inadequação dos quadros à função que desempenham, mau enquadramento de chefias no acompanhamento e na formação on the job, mau ambiente de trabalho (físico, de remuneração, de objectivos, etc.) indefinição estratégica, institucional ou de mercado, Cultura e Identidade fracas, assaltadas pelas mais terríveis doenças empresariais: clientelismo, feudalismo, tachismo e outros “ismos”, “ências” e “âncias”.

As empresas estão doentes porque as pessoas querem estar doentes. Não querem trabalho, mas sim emprego, reclamam sem muitas vezes dar nada em troca e, quando têm, acham que não é suficiente.

Como lidar com 70% de “massa celulítica”? Não com lipo-aspirações mas sim com exercício intenso e coordenado.

Se há quem consiga, parca minoria, porque não se atinge a generalização? É possível.

Se queremos mudar e ser mais competitivos temos de mudar o QI das empresas.

Que é como anular a “Quantidade Inoperante” que grassa um pouco por todo o lado e potenciar a “Qualidade Inata” de cada um na prossecução dos objectivos de um todo.

domingo, fevereiro 05, 2006

Dicionário Inglês-Português by Zézé Camarinha

THAK YOU VERY NICE
Obrigadinho
ITS BEAF OF CAKE
É canja
I AM LOOKING THE THING BAD STOPPED
Estou a ver a coisa mal parada
I DO NOT SEE THE POINT OF A HORN
Não vejo a ponta de um corno
CHANGE THE WATER TO THE OLIVES
Mudar a água às azeitonas
IF YOU DON'T DOOR'S WELL, YOU ARE HERE YOU ARE EATING
Se não te portas bem, tás aqui tás a comer
PUT YOURSELF IN THE EYE OF THE STREET
Põe-te no olho da rua
I'LL MAKE YOU INTO A EIGHT
Faço-te num oito
PUT YOURSELF AT STICK
Põe-te a pau!
UNSTOP ME THE STORE
Desampara-me a loja
GIVE WIND TO THE SHOES AND PLIT YOURSELF
Dá corda aos sapatos e pira-te
PUT YOURSELF AT MILES
Põe-te a milhas
PUT YOURSELF IN THE "LITTLE FEMALE GARLICK"
Põe-te na alheta
WALKING AT THE SPIDERS
Andar às aranhas
WATCH PASSING SHIPS
Ver passar navios
GIVE IN THE VIEWS
Dar nas vistas
SON OF THE MOTHER
Filho-da-mãe
DAY OF THEY ARE NEVER IN THE AFTERNOON
Dia de S. Nunca à Tarde
YOU'LL CATCH IN THE NOSE
Vais apanhar no nariz
YO, SHOVEL
Oh, pá
BAD, BAD MARY
Mau, mau Maria
AS GOOD AS CORN
Boa como ó milho
GO COMB MONKEYS
Vai pentear macacos
YOU ARE NOT A MAN, YOU ARE NOTHING
Não és homem, não és nada
I'D JUMP INTO HER SPINE
Saltava-lhe para a espinha
EVEN THE TOMATOES FELL INTO THE GROUND
Até os tomates cairam ao chão
YOU ARE ARMING AT FACESTICK OF RACE
Estás armado em carapau de corrida
KABOND MUSIC (IF THEY WANT A HUG OR A KISS, WE KABOND, WE KABOND)
Música pimba (se elas querem um abraço ou um beijinho, nós pimba, nós pimba)
FACE OF ASS
Cara de cú
TAKE MONKEYS OF THE NOSE
Tirar macacos do nariz
GO GIVE BATH TO THE DOG
Vai dar banho ao cão
I AM DONE TO THE STEAK
Estou feito ao bife
I AM SAND-PAPERED
Estou lixado
SMART AS A GARLICK
Esperto como um alho
THROW A MOUTH
Mandar uma boca
GROW WATER IN THE MOUTH
Crescer água na boca
DEDICATE YOURSELF TO FISHING
Dedica-te à pesca
TO BE IN THE JAM
Estar na marmelada
PUT YOURSELF WALKING
Põe-te a andar
EYES OF LAMB BAD DEAD
Olhos de carneiro mal morto
CRACK THE PEACH TREE
Esgalhar o pessegueiro
A GIRL ALL PEALED
Uma miúda toda descarada
EAT A MULE
Comer uma mula
LOOKS LIKE AN OX LOOKING AT THE PALACE
Parece um boi a olhar para um palácio
SWITCH-PAINTS
Troca-tintas
TO BE IN THE PAINTS
Estar nas tintas
SPREAD-ASHES
Espalha-brasas
PASS BY THE ASHES
Passar pelas brasas
TAKE WATER IN THE BEAK
Levar água no bico
WHICH WHAT WHICH CAP
Qual quê qual carapuça
THINGS OF THE ARCH OF THE OLD WOMAN
Coisas do arco da velha
IT NEEDS TO HAVE CAN
É preciso ter lata
TALK CHEAP
Fala-barato
THERE IS WHO HAS CAN FOR ALL
Há quem tenha lata para tudo
TILL THE EYE
Até à vista